Essa toada denominada PAIXÃO DE UMA NAÇÃO do jovem poeta Adriano Aguiar aparenta ser mais UMA DAS
VÁRIAS TOADAS QUE FORMARÃO o carro-chefe do CD do Boi Caprichoso para o ano de
2013 que defende o tema “O CENTENÁRIO DE UMA PAIXÃO” já que O CD DEMO DO
CAPRICHOSO ALÉM DE MUITO BEM RITMADO POSSUI TODAS COM CONTEÚDOS HISTÓRICOS,
SOCIOLÓGICOS, FOLCLÓRICOS E ANTROPOLÓGICOS MUITO BEM ARTICULADOS ESTANDO
PORTANTO DENTRO DE UMA PROPOSTA DE PESQUISA EM BUSCA DO BI-CAMPEONATO.
O jovem poeta começa a toada falando na primeira pessoa do
singular que NESSA BRINCADEIRA DE BOI “EU JÁ FUI VAQUEIRO”. Assim, ele
inicia a toada falando do personagem mais simples da brincadeira que é
integrante da vaqueirada e tem como função CORTEJAR O SEU BOI E É NA BRINCADEIRA
DO BOI DE PARINTINS UM IMPORTANTE ITEM QUE GRAÇAS A DEUS AINDA TEM A MESMA
IMPORTÂNCIA DE ANTIGAMENTE, MESMO SEM O GLAMOUR DOS ITENS INDIVIDUAIS TÃO
FESTEJADO PELOS INTERESSES DA MÍDIA SENSACIONALISTA E AS VEZES ATÉ APELATIVA.
Adriano é taxativo e imperativo ao afirma com orgulho NESSA
BRINCADEIRA DE BOI EU JÁ FUI VAQUEIRO., mas além de vaqueiro o poeta Fala com
orgulho TOQUEI TAMBOR, EU TAMBÉM FUI MARUJEIRO., ou seja o brincante do
Caprichoso que já brincou na vaqueirada CARREGANDO SUAS IMENSAS LANÇAS DE FITAS
E ESTRELAS NO ALTO foi ritmista da MARUJADA DE GUERRA (nome da batucada azul e
branca recebida em homenagem aos marujos que aportavam no porto de Parintins) e
que seu barulho se confunde com o BARULHO DO MOTOR REGIONAL DA AMAZÔNIA
como já foi dito em uma outra toada.
Em seguida ele afirma que: FIQUEI NA FILA DA GALERA PRÁ SUBIR NA
ARQUIBANCADA., hoje mais do que nunca pro torcedor azul que é apaixonado pelo
Caprichoso é preciso enfrentar uma longa fila para assistir uma noite e brincar
no Festival na famosa arquibancada do povão e ajudar a galera a ser campeã.
Enfrentar uma fila que se inicia pelo menos as 7 da manhã e cuja entrada começa
às 15 h 00 sem que haja necessidade de pagar o ingresso que a cada ano fica
mais caro e que somente os turistas tem condições de pagar.
Adriano mexe com o inconsciente coletivo do TORCEDOR AZULADO quando afirma: ANDEI NAS RUAS DA CIDADE JUNTO COM MEU BOI (pois como é sabido a brincadeira do boi antigamente era na rua e o encontro dos bois CAPRICHOSO E GARANTIDO tinha a marca da violência), EMPRESTEI CAMISA AZUL PRA BRINCAR NO ENSAIO DO MEU BOI, fato que ocorre com qualquer fanático torcedor que deixa tudo: EMPREGO, COMPROMISSOS PESSOAIS E ATÉ SE SEPARA quando a mulher é do contrário E SEGUE PARA O CURRAL DO BOI CAPRICHOSO e participa das atividades propostas pelo Boi, tudo prá ensaiar no CURRAL DO BOI ou para FESTEJAR A VITÓRIA DO BOI AZUL.
Adriano mexe com o inconsciente coletivo do TORCEDOR AZULADO quando afirma: ANDEI NAS RUAS DA CIDADE JUNTO COM MEU BOI (pois como é sabido a brincadeira do boi antigamente era na rua e o encontro dos bois CAPRICHOSO E GARANTIDO tinha a marca da violência), EMPRESTEI CAMISA AZUL PRA BRINCAR NO ENSAIO DO MEU BOI, fato que ocorre com qualquer fanático torcedor que deixa tudo: EMPREGO, COMPROMISSOS PESSOAIS E ATÉ SE SEPARA quando a mulher é do contrário E SEGUE PARA O CURRAL DO BOI CAPRICHOSO e participa das atividades propostas pelo Boi, tudo prá ensaiar no CURRAL DO BOI ou para FESTEJAR A VITÓRIA DO BOI AZUL.
JÁ FUI DA RAÇA AZULADA, DA RAPAZIADA DO GALPÃO., sabe-se que a
raça azulada é a torcida do Boi Caprichoso que tem também outras torcidas
organizadas hoje espalhadas em outras cidades do interior do AMAZONAS como é o
caso da TORCIDA FORÇA AZUL E BRANCO-FAB e RAÇA AZUL não esquecendo que há mais
de 20 anos o Pajé WALDIR SANTANA TAMBEM ORGANIZAVA A TORCIDA ORGANIZADA FBI
TAMBEM CHAMADA DE TROPA DE ELITE DO CAPRICHOSO. O Poeta fala da rapaziada do
Galpão referindo-se aos artistas famosos e anônimo que criam e recriam as
alegorias, fantasias e são os principais responsáveis pela beleza estética da
festa., por isso ele diz JÁ FUI ARTISTA, além de afirma FUI BRINCANTE DO BOI
CAMPEÃO, pois na verdade ao contrário do que muitos insistem em falar NÃO SE
DESFILA NO BOI, MAS SE BRINCA DE BOI e ao se relacionar com esse brinque que é
a figura do boi de pano não há como não amá-lo., por isso o poeta afirma: AH, EU
AMO ESSE BOI!!!!!!!
Ainda na primeira pessoa, Adriano nos diz: EU EMPURREI ALEGORIA
PRÁ BRINCAR DE BOI, que são esses artistas anônimos que contribuem com a sua
força para fazerem junção dos módulos que formam a cênica e tem esse trabalho
desde o galpão até a sua finalização no dia da apresentação no bumbódromo. EU
ACHO ISSO MUITO BACANA PORQUE EM TEMPOS DE FORMAÇÃO AMPLA E DE NOÇÕES DE ESPAÇO
E FORMA, O BOI DE PARINTINS DESDE CRIANÇA PROPORCIONA ESSA APRENDIZAGEM AOS CABOCLOS
DESDE DE MUITO CEDO E QUE PODE SER EXPLORADO PEDAGOGICAMENTE NAS ESCOLAS.
Para se brincar de boi, o poeta retrata o que muitos Parintinenses
já fizeram para participar da brincadeira e nos diz: PINTEI A CARA, VIREI ÍNDIO
PRA DANÇAR NA TRIBO DO MEU BOI, NA TRIBO DO MEU, NA TRIBO DO MEU BOI. Para mim
esse é um outro lado positivo da nossa festa, pois quem vive em regiões muito
industrializadas milita na educação sabe o quanto é difícil colocar uma
roupa de índio nesse jovem, fazer uma tribo indígena na escola porque os jovens
se sentem envergonhados ou tem preconceitos sendo essa segunda opção a mais
provável. Ainda bem que esse fato não existe em Parintins e nem na região
Amazônica, pois o caboclo graças a Deus é estimulado ainda a valorizar sua raiz
indígena e cabocla fruto dessa festa que é o BOI DE PARINTINS. Portanto BRINCAR
NA TRIBO DO MEU BOI É PARA O INTEGRANTE DO CAPRICHOSO ALGO MUITO FORTE, É
DEFENDER A SUA ORIGEM, SUA ANCESTRALIDADE, SUCA CABOQUICE, SUA ORIGEM BARÉ.
Adriano mexe com o inconsciente coletivo do Parintinense quando
fala: EU CARREGUEI O MAIS LINDO DOS TUXAUAS fazendo o Parintinense lembrar-se
de ZECA CHIBELÃO que foi o primeiro Tuxaua do Festival, senão o mais importante
Tuxaua que adentrava no TABLADÃO OU NO ANFITEATRO MESSIAS AUGUSTO COM UM PASSO
CADENCIADO E UM CAPACETE CONSIDERADO ENORME PARA AS PROPORÇÕES DO LOCAL ONDE SE
REALIZAVA O FESTIVAL. OS CAPACETES BELÍSSIMOS DOS TUXAUAS ERAM MAIORES QUE AS FANTASIAS
DAS TRIBOS E COM O TEMPO TEVE A VERSÃO TUXAUA ORIGINALIDADE E TUXAUA LUXO E NOS
DIAS ATUAIS SOMENTE A EXPRESSÃO TUXAUA.
Os TUXAUAS dos dias atuais são grandississimos e são verdadeira
alegorias puxadas com roldanas e forma um grau de complexidade grande graças a
criatividade do Parintinense que evoluiu com a brincadeira graças a
grandiosidade do espaço.
Além de carregar o mais lindo dos tuxauas o torcedor do Caprichoso
como bem diz Adriano, este RECORTOU ESTRELAS DE PAPEL DE SEDA, FEZ BANDEIROLAS
PARA ENFEITAR AS RUAS E LEVAR PARA A GALERA E TAMBÉM ASSUMIU UM IMPORTANTE
POSTO NO BOI SENDO UM CANTADOR SEJA DE TOADAS, DE VERSOS OU PARTICIPANDO DOS
MAIS DIVERSOS GRUPOS DE BOI-BUMBÁ QUE HOJE TEM EM TODO O ESTADO DO
AMAZONAS TENDO EM VISTA A VOCAÇÃO NATURAL DO PARINTINENSE PARA A MÚSICA.
Adriano afirma SOU UM POUCO DE TUDO ISSO!!!! Sim, o Parintinense
que gosta do seu Boi se transporta de fato para cada item e tudo o que o boi
for e se transformar ele assim será., por isso ele afirma: SEREI UM POUCO DE
TUDO O QUE FOR, afinal a brincadeira se transforma a partir de uma aceitação
social do coletivo que o assimila de acordo com o seu passado, mas adaptando-se
às exigências do mundo moderno.
Por isso Adriano Moraes finaliza dizendo que tudo isso: É PAIXÃO
(uma paixão centenária que vai se construindo com as gerações passando de pai
prá filho) ., é AMOR AZUL, A COR DESSE BOI QUE JÁ PARTE DE MIM., porque O
CAPRICHOSO É A MAIOR EXPRESSÃO DA CULTURA PARINTINTIN E FAZ PARTE DO DIA-A-DIA
DO PARINTINENSE E POR QUE NÃO DIZER NOS DIAS ATUAIS DO AMAZONENSE E DE MUITOS
BRASILEIROS QUE CONHECEM A BRINCADEIRA PARINTINENSE E SÃO VERDADEIROS
APAIXONADOS POR ESSA NAÇÃO CHAMADA CAPRICHOSO QUE FESTEJA NESSE ANO DE 2013 O
SEU CENTENÁRIO.
Adorei Arthur, parabéns!
ResponderExcluirEssa é minha toada de 2013 preferida. É paixão,amor azul, a cor desse boi. Que já faz parte de mim.
ResponderExcluir